O sonho de comprar a casa própria, hoje em dia, não está tão distante. Bancos públicos e privados continuam apostando nos pacotes de  financ...

Como funciona o financiamento imobiliário

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O sonho de comprar a casa própria, hoje em dia, não está tão distante. Bancos públicos e privados continuam apostando nos pacotes de  financiamento imobiliário para facilitar a aquisição de residências. A modalidade permite pagamento facilitado e taxas de juros menores que devem atrair clientes.

Basicamente, o financiamento imobiliário permite ao cliente pagar o imóvel em diversas parcelas, que podem se estender por anos. Os bancos montam um programa a partir do perfil de cada consumidor. Os interessados devem se atentar às condições, como valor mínimo de compra, taxas de juros, prazo mínimo e máximo para pagamento, tipo do imóvel, limite de crédito e também os custos adicionais.


Em um banco público, por exemplo, existe a possibilidade de financiar o imóvel pelo programa Minha Casa Minha Vida, para famílias com limite de renda mensal bruta de até R$ 5 mil, que residam em cidades integrantes de regiões metropolitanas ou equivalentes. A residência deve ter valor real de até R$ 190 mil e o valor pode ser 100% financiado se as parcelas foram divididas em 240 meses, o que cai para 90% em 300 meses e 80% em 360 meses. Entre as exigências para ter os documentos aprovados, o cliente não deve ter nenhum financiamento ativo em qualquer parte do país.
Para adquirir um imóvel novo, usado, em construção ou um terreno, também é possível utilizar o Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo (SBPE), em que o financimanento é feito com base nos recursos de poupança captados pelo banco. O pagamento pode ser feito em até 420 meses com juros que variam de  9,5 % a.a. até 9,9% a.a. Já em um banco privado, a  diretora de crédito imobiliário Cristiane Magalhães conta que as taxas de juros são personalizadas para cada cliente.
"O prazo para pagamento varia de 12 a 360 meses e a cada parcela o valor vai diminuindo. Além disso, o boleto pode ser quitado através de débito on-line." Cristiane explica que o valor do imóvel a ser financiado deve ser de, no mínimo, R$ 106,6 mil, sem limite máximo. Mas, para que pelos menos 75% do valor seja parcela, a base deve ser de R$ 80 mil.
Como conseguir
Para solicitar um financiamento é preciso apresentar os documentos pessoais no banco escolhido, entre eles RG, CPF, comprovante de residência e de renda mensal. Após uma análise minunciosa e, não havendo pendências em nome do cliente, a solicitação é aprovada. O imóvel a ser financiado é avaliado por representantes do banco, como engenheiros e corretores, que confirmam o valor antes de o contrato ser assinado. Sites de alguns bancos oferecem uma ferramenta onde é possível simular o financiamento.
Planejamento
A economista Carla Giuliani diz que é preciso planejar a vida financeira antes de fechar um contrato de financiamento ou crédito imobiliário. "Se a pessoa não consegue durante um ano guardar o valor da prestação, mensalmente, em forma de poupança, provavelmente não será capaz de honrar seus compromissos após o fechamento do contrato."

Ela orienta que é importante fazer um relatório mensal com todos os gastos e perceber se é possível se comprometer com mais uma prestação dentro do orçamento. "O mercado tem como norma aceitar que a família comprometa no máximo 30% de sua renda líquida na prestação do imóvel", diz a profissional.
Carla afirma que a crise também faz o sonho da casa própria se tornar um desafio. "Hoje, devido à forte recessão econômica, os empréstimos são feitos a juros muito altos e há muitas dificuldades para fechamento dos novos contratos, pois o risco de inadimplência é grande", finaliza.
Fonte: G1


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