Leia abaixo histórias inspiradoras de quem passou de funcionário a empresário – e as recomendações dos especialistas para não queimar o fil...

O segredo das mulheres com negócio próprio

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Leia abaixo histórias inspiradoras de quem passou de funcionário a empresário – e as recomendações dos especialistas para não queimar o filme na empresa nem morrer na praia.

Ser chefe de si mesma é o sonho de muitas mulheres – e o atalho mais seguro para alcançá-lo é se organizar enquanto se tem um emprego fixo. Tem que trabalhar muito? Sim. A jornada é dobrada? Quase sempre. Mas, se esse é o seu projeto de vida, a hora da virada é agora. O crescimento da economia, que deve ser de 7% este ano, segundo o Banco Central, embala a tendência ao empreendedorismo, especialmente entre as mulheres. “Em geral, elas precisam se sentir seguras para fazer grandes mudanças, e o cenário econômico estimula-as a criar coragem para deixar o emprego e partir para um voo-solo”, acredita Regina Madalozzo, professora do Instituto Insper, escola de executivos de São Paulo. As mulheres já são, inclusive, maioria entre os novos empreendedores do país. Segundo o estudo Global Entrepreneurship Monitor (CGM), realizado em 2009 pelo Instituto Brasileiro de Qualidade e Produtividade (IBQP) e o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), dos 18,8 milhões de pessoas à frente de empresas com menos de dois anos de existência no Brasil, hoje 53,4% são mulheres. Em 2008, representavam apenas 48,7% desse total e, em 2002, apenas 38,4%. “Em grande parte, essas empreendedoras são profissionais qualificadas que se cansaram de ser preteridas por colegas homens quando surgiu a chance de uma promoção”, diz Regina.
Essa transição, porém, deve ser estudada com cuidado – desde a forma de conduzir a saída do emprego até o planejamento propriamente dito. Afinal, o simples desejo de empreender e mesmo uma sacada genial não bastam para garantir o sucesso do novo negócio. “É necessário muito preparo técnico e disposição para buscar informações sobre o mercado, além de suar a camisa para conseguir fazer um bom plano de negócios, em que devem constar desde o investimento inicial até as características do público”, alerta Juliano Seabra, diretor de educação e pesquisa da Endeavor, organização sem fins lucrativos que promove o empreendedorismo. Sem esses cuidados, o risco de morrer na praia é grande. Segundo Ricardo Tortorella, diretor superintendente do Sebrae-SP, de cada 100 empresas, 27 fecham no primeiro ano de existência por falta de planejamento. “Colocar na praça um produto ou serviço que as pessoas não querem comprar é condenar o negócio ao fracasso”, afirma Dariane Fraga Castanheira, professora do Programa de Capacitação da Empresa em Desenvolvimento, da Fundação Instituto de Administração (Proced/FIA). Ela também avisa que é importante calcular o tempo de retorno do investimento e tentar encontrar um nicho ainda pouco explorado, com espaço para mais gente.
Cofrinho cheio
Fabiana Noronha fatura 16 mil reais mensais com a Prendadas, agência de empregadas e babás
Fabiana Noronha, 31 anos, dona da Prendadas, empresa de treinamento e recolocação de empregadas e babás, acredita ter feito direitinho a lição de casa. Ela era gerente de vendas da Embratel, em 2008, quando resolveu alçar voo-solo. De tanto ouvir parentes e amigos reclamarem da dificuldade para encontrar boas empregadas, Fabiana, que sempre gostou de lidar com gente e tem um MBA em gestão empresarial, resolveu criar uma agência de profissionais do lar. Economizou cada centavo que sobrava de seu salário até juntar, em dois anos, os 50 mil que julgou necessários para poder abrir a Prendadas. Ela também pesquisou o mercado para desvendar as deficiências dos concorrentes e tratou de deixar as portas abertas na Embratel, caso precisasse voltar para lá. Para convencer o chefe de que estava saindo por um bom motivo, mostrou a ele até o business plan de sua companhia. “Ele achou minha atitude muito profissional, me apoiou e meses depois até contratou uma empregada por meu intermédio”, conta. No começo, Fabiana precisou dar duro para o negócio deslanchar. O maior desafio foi conseguir os primeiros clientes. Para convencer seu público em potencial – mulheres de classe As interessadas em ter bons empregados – de que sua agência era confiável, contratou uma empresa especializada em investigar o passado das candidatas. Além disso, funcionários da Prendadas visitam a casa das moças para saber como vivem. “Essas iniciativas contaram muitos pontos com as clientes”, diz. Hoje, a Prendadas fatura cerca de 16 mil reais por mês. “É quase o mesmo que ganhava antes. A diferença é que organizo minha vida como quero.”
Sem paixão, não dá 
Apaixonada por ginástica, Renata Cavallieri se tornou a primeira franqueada brasileira da Contours
Gostar muito, mas muito mesmo da atividade a que vai se dedicar é outro ingrediente fundamental da receita das empresárias felizes. Até porque vida de empreendedor não é fácil. “Você precisa se preocupar com fornecedor, clientes, funcionários, dinheiro”, diz Dariane, da FIA. Por isso mesmo, é preciso haver amor de sobra pelo negócio – e isso não faltou para a advogada paulista Renata Cavallieri, 53 anos. Em 2004, ela era chefe do departamento jurídico da construtora Empresa Industrial Técnica (EIT) quando leu no jornal uma notícia sobre a chegada ao Brasil de uma academia só para mulheres, a Contours. Imediatamente, apaixonou-se pela idéia. “Eu sabia que seria, pelo menos, a cliente número 1”, diz. Acabou se tornando a primeira franqueada brasileira. “Eu queria mudar de vida. Optei por uma franquia para ter assistência em diversas áreas que não conhecia”, conta. No começo, a empresária dobrou a carga horária. Chegava à Contours às 6 da manhã. De lá ia para a construtora e voltava para a academia no final do dia. Só chegava em casa depois das 9 e meia da noite. A rotina estafante durou dois anos. “Foi bem cansativo, mas valeu a pena. Pedi demissão na hora certa, quando me senti segura para isso”, afirma. Na ocasião, ela abriu mão de um salário de 15 mil reais. Hoje, possui duas unidades da Contours, que faturam, juntas, de 160 mil reais a 180 mil reais por mês. “Estou financeiramente melhor do que antes e ainda posso me dar ao luxo de ficar em casa de manhã, de camisola, se quiser. Mas batalhei muito até aqui.” Para início de conversa, tinha uma boa reserva financeira para investir no novo negócio, que consumiu 300 mil reais, e escolheu algo que já fazia sucesso em outros países; portanto, com chances de funcionar também por aqui. Além disso, esperou a empresa prosperar antes de sair do emprego. “Calcular quanto será necessário para se tornar empresária e reunir com calma essa quantia é importante, assim como ter consciência de que poderá levar alguns anos até obter retorno”, diz Dariane.
O que o mercado não tem
A professora de educação física Maria Fernanda Thomé de Rizzo, 31 anos, seguiu essa cartilha. Ela juntou 250 mil reais em nove anos aplicando parte de seu salário de 6 mil reais em um fundo de renda fixa. Até abrir o Empório da Papinha, em 2008, que fabrica comida orgânica para bebês, Maria Fernanda dava aulas na Universidade Presbiteriana Mackenzie, em São Paulo. “Gosto de cozinhar e vi que poderia ser pioneira em um mercado praticamente virgem”, diz. Com o nascimento da filha, no final de 2007, ela passava horas na cozinha preparando a alimentação da pequena depois de um dia estafante de trabalho. Maria Fernanda percebeu que várias amigas e parentes enfrentavam o mesmo problema. Intuiu que havia mercado para papinhas preparadas com ingredientes sem agrotóxicos – e mergulhou na ideia. Logo que inaugurou o Empório, ela saiu do Mackenzie. “Ainda vai levar um tempo para ganhar dinheiro, mas estou crescendo e tenho uma boa qualidade de vida”, conta. Para Ricardo Tortorella, ela está no caminho certo. Tem mais chance de sucesso quem inova”, afirma. Mas, mesmo fazendo tudo corretamente, pensar que vai ficar rico, e em pouco tempo, é um engano. No começo é muito mais suor do que remuneração.”
Por isso, tanta gente prefere manter dois trabalhos ao mesmo tempo antes de optar por vestir apenas a camisa de empresário. Priscila Luisi, 37 anos, está nesse momento de vida. Ela comanda sua confecção de lingerie, a Siricutico, que abriu em 2006 com uma amiga, e continua trabalhando como representante de vendas de uma marca de calçados. Sua grife gera hoje 60 mil mensais. Ela tem uma loja em Moema, bairro de classe alta de São Paulo, e em breve pretende abrir outra. “Meu objetivo era me realizar, o que estou conseguindo, mas pretendo levar todas as minhas atividades ainda por muito tempo”, diz. Ser pé no chão, afinal de contas, é fundamental, acredita Tortorella.
Materia de CLAUDIA

A Torres Imóveis deseja a todas as mulheres sucesso absoluto!

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